terça-feira, 20 de setembro de 2011

FREGUESIA DE REBORDÕES


REGIÃO                   NORTE
SUB REGIÃO            GRANDE PORTO
DISTRITO                 PORTO
CIDADE                               SANTO TIRSO
FREGUESIA                     REBORDÕES


HERALDICA
Armas –

Escudo de azul, com uma vieira de ouro, um ramo de castanheiro de prata com ouriços do mesmo, abertos de vermelho e uma roda dentada de prata, tudo disposto em roquete; em campanha, ponte de um arco de ouro, lavrada de negro, firmada nos flancos e movente de um pé ondeado de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ REBORDÕES - SANTO TIRSO “


Bandeira 
Esquartelada de amarelo e azul. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.



Selo: 

Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Rebordões - Santo Tirso».

Rebordões é uma freguesia portuguesa do concelho de Santo Tirso, com 5,72 km² de área e 3 559 habitantes (2001). Densidade: 622,2 h/km².
Constituiu, até ao início do século XIX, a honra de Rebordões.





Nesta terra viveu o célebre pintor Francisco José Resende (1825-1893), no lugar de Santosinhos. Professor da Academia de Belas Artes do Porto, preencheu várias das sua telas com motivos locais






Tenente Capelão Joaquim Ferreira da Silva
“Os acontecimentos reportam-se a 1962 e ao campo de concentração de Pondá, onde  estiveram presos durante largos meses cerca de 1750 militares e civis, na sequência da invasão de Goa, Damão e Diu pela União Indiana. O episódio em causa foi presenciado pela quase totalidade dos prisioneiros e viria a ser relatado por um dos oficiais que ali esteve detido. 
Foi no livro ‘A Queda da Índia Portuguesa. Crónica da Invasão e do Cativeiro’ (Estampa), que o coronel Carlos Alexandre de Morais descreveu o sucedido no dia 19 de Março de 1962, e que poderia ter redundado num massacre.Tudo começou com uma tentativa de fuga por parte de três prisioneiros, que procuraram evadir-se no meio do lixo transportado pela camioneta que todos os dias fazia a limpeza do campo. Quando a viatura se preparava para transpor a porta de armas, um furriel - que Carlos de Morais não nomeia -, denunciou a tentativa de fuga ao comando indiano. Dois dos três fugitivos foram imediatamente detidos, mas o terceiro escapuliu, misturando-se com “a multidão de prisioneiros que acorreu ao local”. Ao mesmo tempo, o delator, identificado pelos restantes prisioneiros, teve que ser retirado do campo pelos militares indianos, para evitar um provável linchamento. 
Um major indiano avisou então que, caso se repetisse uma tentativa de evasão, não hesitaria em fuzilar os seus autores - o que mereceu um protesto de um dos oficiais portugueses mais graduados, invocando a Convenção de Genebra.
O caso parecia sanado, até à chegada do brigadeiro Sagat Singh, comandante-geral dos Campos de Prisioneiros de Goa. Mandou formar os prisioneiros, enquanto montava em seu redor todo um aparato bélico: metralhadoras, bazucas, morteiros. E, em frente da porta de armas, um ameaçador pelotão armado. Foi ainda a quente que o padre Ferreira da Silva descreveu os acontecimentos de que foi o principal protagonista, num artigo publicado na revista ‘Magnificat’, em 1962. 
Conta o jesuíta (à época, tenente capelão de Pondá) que o brigadeiro “mandou formar os soldados e perguntou se alguém queria castigar o delator. Ao contrário do que esperava, os rapazes responderam em coro: “Todos!” O homem ia indo aos arames. Mandou perguntar se tinham entendido bem. E a resposta foi igual: “Todos!” Manda então preparar o pelotão de fuzilamento e carregar as metralhadoras. Perante o risco iminente de uma carnificina, o ex-missionário saiu da formatura e dirigiu-se ao brigadeiro. “Pedi licença para falar e perguntei-lhe se, como capelão, desejava que dissesse alguma coisa aos homens. Mas a resposta foi seca: “Não! É demasiado tarde! É preciso dar uma lição a todos”. Insisti, pedindo que desse aos homens uma oportunidade. Negou novamente, perguntando se tínhamos sido alguma vez maltratados. Respondi que não, mas que já tínhamos sofrido bastante para merecermos que nos fosse dada uma oportunidade. Disse outro não muito seco e, voltando-se para trás, mandou avançar o pelotão de fuzilamento. Lancei então o último pedido desesperado, convencido da sua inutilidade: ‘Senhor, dê-nos uma oportunidade. É a primeira. Nunca teve razão séria de queixa. Por favor, dê-nos uma oportunidade’. ‘Está bem’ - respondeu - ‘mas diga-lhes que será a última’”. O brigadeiro indiano exigiu então um pedido de desculpas. O sacerdote dirigiu-se aos presos: “Rapazes, o sr. brigadeiro quer ouvir uma palavra de desculpa. Depois de a pedirem em coro, o brigadeiro deu-se por satisfeito. Agradeci, saudei e afastei-me. A tempestade terminara”.”



GASTRONOMIA


Polvo à Bordalesa

Ingredientes:

  • 1,200 kg. de polvo
  • sal
  • 2 dl de vinho branco
  • 1 cebola
  • 1 dente de alho
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 ramo de cheiros (salsa, louro e tomilho)
  • 2 dl de vinho tinto
  • 1 colher de chá de farinha
  • 200 g. de pão
  • pimenta
  • salsa picada
Confecção:

1.  Coza o polvo em água a ferver com sal e o vinho branco.
2.  Deixe ferver 20 minutos.
3.  Tire do lume e depois de frio escorra o polvo.
4.  Corte-o em bocados.
5.  Aloure a cebola e o alho picados no azeite.
6.  Junte o polvo e o ramo de cheiros, sal e pimenta e deixe estufar um pouco.
7.  Regue com o vinho tinto, onde desfez a farinha.
8.  Rectifique os temperos e deixe apurar suavemente.
9.  Forre o prato de serviço com o pão em fatias torrado e deite o polvo e o molho por cima.
Polvilhe com salsa picada.







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