sábado, 20 de agosto de 2011

POEMA PARA A PADEIRA QUE ESTAVA A FAZER PÃO ENQUANTO SE TRAVAVA A BATALHA DE ALJUBARROTA



POEMA PARA A PADEIRA QUE ESTAVA A FAZER PÃO
ENQUANTO SE TRAVAVA A BATALHA DE ALJUBARROTA

Está sobre a mesa e repousa
o pão
como uma arma de amor
em repouso

As armas guardam no campo
todo o campo
Já os mortos não aguardam
e repousam

Dentro de casa ela aguarda
abrir o forno
Ela em mão que prepara
o amor

Pelos campos todos armas
não repousam
mais os mortos
ter amor

Sobre a mesa põe as mãos
pôs o pão
Fora de casa o rumor
sem repouso

Ela agora abre o fogo
para o pão
em repouso ela ouve os mortos
lá de fora

Lá de fora entram armas
os homens
As mãos dela não repousam
acolhem

Sobre a mesa pôs o pão
arma de paz
Contra as armas da batalha
arma de mão

Contra a batalha das armas
não repousa
Caem contra a mesa os mortos
contra o forno

Outra paz não defende ela
que a do pão
Defende a paz que é da casa
e das mãos

FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário